Prevenção ao superendividamento: sinais de alerta e como evitar

Você já ouviu falar em superendividamento? Esse termo se refere à situação em que uma pessoa não consegue mais pagar as suas dívidas, já que a soma das obrigações financeiras ultrapassa sua capacidade de pagamento. Assim, começa um ciclo vicioso de endividamento cada vez maior. 

Isso acontece quando os gastos excedem os ganhos, e a pessoa começa a contrair novas dívidas para quitar compromissos anteriores. O problema é que, no final das contas, a falta de equilíbrio financeiro torna-se insustentável, mesmo se esforçando ao máximo para sair dessa situação.

Como saber se você está superendividado?

É importante estar atento aos sinais de alerta. Se você perceber que algum desses pontos está acontecendo, pode ser que o superendividamento já esteja mais perto do que você imagina:

Dívidas que não param de crescer

Se as dívidas começam a se acumular e você não consegue mais pagar nem o mínimo delas, é um sinal de alerta. Você paga o mínimo da fatura do cartão de crédito, mas nada diminui, certo? Se for assim, é hora de tomar uma atitude.

Usar crédito o tempo todo

Você está recorrendo ao crédito sem pensar muito? Está fazendo empréstimos para pagar outras dívidas? Isso é um sinal de que as coisas não estão indo bem financeiramente.

Contas essenciais virando um problema

Se está difícil pagar as contas mais básicas, como aluguel, luz ou até mesmo alimentação, isso já é um indicativo de que suas dívidas estão afetando o seu dia a dia.

Não saber quanto ganha ou gasta

Quando você não tem noção de onde o seu dinheiro está indo, ou não consegue controlar o que está ganhando e gastando, a chance de entrar em uma situação de superendividamento só aumenta.

Sempre atrasando pagamentos

Quando os atrasos se tornam rotina, seja no cartão, no empréstimo ou em qualquer outra conta, é hora de rever sua situação financeira. A inadimplência só gera mais juros e complica ainda mais o pagamento das dívidas.

Sentir que não há saída

Quando você sente que está em um ciclo vicioso de dívidas, onde parece não haver saída, e que sua situação financeira só piora a cada mês. A falta de perspectivas para resolver a situação financeira também pode gerar depressão e ansiedade.

Como evitar o superendividamento?

O planejamento financeiro é o ponto chave para evitar dívidas e abrir possibilidades para quitar dívidas existentes. Ele é importante para que seja possível organizar as finanças sabendo exatamente quanto se ganha, quanto se gasta e quanto dá para poupar. Para evitar o superendividamento:

Controle seus gastos com cartões e empréstimos

Acompanhe suas faturas de cartão de crédito e os pagamentos dos empréstimos mensalmente. Mantenha um registro detalhado de quanto você gastou e quando as parcelas precisam ser pagas. Tente usar apenas uma parte do limite disponível. Utilizar o limite total pode gerar encargos financeiros elevados e aumentar o risco de endividamento.

Crie um orçamento simples

Faça uma lista do quanto você ganha e de todos os seus gastos. Isso vai te ajudar a ver onde pode cortar um pouco, evitando que as despesas tomem conta da sua vida.

Não use o crédito como se fosse dinheiro extra

O crédito pode ser útil, mas não deve ser usado para substituir sua renda. Use com moderação e apenas quando realmente for necessário.

Negocie antes de deixar a situação piorar

Se perceber que não conseguirá pagar suas dívidas, entre em contato com seus credores antes que a situação se agrave. Renegociar prazos, taxas de juros e condições de pagamento pode tornar o pagamento das dívidas mais acessível.

Invista em educação financeira

Se você ainda não sabe muito sobre finanças, vale a pena estudar mais sobre o assunto. Aprenda sobre planejamento financeiro, controle de orçamento, investimentos, cartões de crédito e empréstimos. Isso vai te ajudar a tomar decisões melhores e evitar armadilhas financeiras.

Leia também: Dicas para planejar o orçamento doméstico e evitar dívidas

Lei do superendividamento

A Lei do Superendividamento, sancionada em 1º de julho de 2021, foi criada para proteger os consumidores brasileiros que enfrentam situações de endividamento e para combater o superendividamento.

O que a lei garante é o direito de o consumidor revisar suas dívidas, principalmente quando elas se tornam impossíveis de pagar. Ou seja, se uma pessoa está sobrecarregada com compromissos financeiros que não consegue mais pagar, ela pode tentar renegociar as dívidas, buscando condições mais justas.

A lei também exige que bancos e outras empresas de crédito tomem mais cuidado antes de oferecerem empréstimos. Isso significa que elas precisam avaliar melhor se a pessoa realmente tem condições de arcar com a dívida antes de liberar o crédito, para evitar empréstimos irresponsáveis.

Se alguém está superendividado, tem o direito de pedir uma renegociação. Isso pode significar reestruturar as dívidas para que fiquem mais fáceis de pagar, com prazos e valores ajustados.

No fim das contas, a ideia dessa lei é dar uma ajuda para quem está com as finanças descontroladas. Com a renegociação das dívidas e a promoção da educação financeira, o objetivo é garantir que as pessoas possam recuperar o controle da sua vida financeira e evitar que entrem em um ciclo de endividamento sem fim.

Conclusão

Evitar o superendividamento exige atenção e disciplina, mas não é impossível de ser resolvido. Fique de olho nos sinais de alerta, como o acúmulo de dívidas e o uso excessivo do cartão de crédito ou soluções de empréstimo. Com um bom planejamento financeiro, é totalmente possível se manter no controle e evitar que sua situação financeira saia do controle.

Além disso, investir em educação financeira é uma maneira de melhorar sua relação com o dinheiro. Ao seguir essas dicas, você pode garantir que suas finanças não se tornem um problema e, ao contrário, te ajudem a viver de forma mais tranquila e sem medo de dívidas.